Uma criança de 5 anos foi morta por três menores de idade nesta quarta-feira (16), na zona rural de Marabá. O corpo de Júlio Henrique de Miranda foi encontrado na manhã desta quinta (17), às margens de uma represa.
Os três meninos de 12, 11 e 9 anos que confessaram a autoria para a polícia, chegaram no início desta tarde à 21ª Seccional de Polícia Civil. Eles contaram detalhes e a motivação da morte da criança de apenas 5 anos, que ocorreu na Vila Capistrano de Abreu, a 150 quilômetros da sede de Marabá.
O sargento Jordeilton Santos, da Polícia Militar, contou que a guarnição foi acionada por volta de 20h de quarta-feira pela mãe da vítima, que contou que o filho estava brincando em frente à residência, quando desapareceu.
Os militares iniciaram as buscas e encerraram por volta de 3h da madrugada desta quinta (17). A população, entretanto, continuou as buscas com a família do menino.
Quando o dia amanheceu, os policiais foram informados que a mãe tinha encontrado o filho morto e estava em posse do cadáver. “A gente se deslocou até o local. Ela estava no braço com ele no meio da estrada. A gente só acompanhou até a casa dela, informou ao IML e fizemos os procedimentos legais”, informou o militar.
Uma testemunha identificou um menor que estaria com a vítima no horário que a mãe dele deu por falta. Os policiais se direcionaram até o endereço do menor de 11 anos, que confessou o ato e acabou denunciando mais dois parceiros dele, dois irmãos, sendo um de 12 e outro de 9.
Motivação
Segundo os militares, as crianças estavam brincando de peteca, quando houve um desentendimento entre eles. Os meninos combinaram de ir para essa represa. No local, Júlio Henrique foi espancado pelo menino de 12 anos, que usou um fio de celular e de energia.
“O menor de 9 anos teria tirado a roupa da vítima e os outros maiores vendo a situação, empurrou o menor de 5 anos na represa”, disse o sargento da PM, acrescentando que como a criança não sabia nadar morreu afogada.
De acordo com o superintendente de Polícia Civil, delegado Vinícius Cardoso, as duas crianças de 9 e 11 anos, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, seriam entregues ao Conselho Tutelar para as providências cabíveis. Enquanto o que vai fazer 13 anos será submetido a uma medida socioeducativa.
“Ele está sendo apreendido por ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado e ficará à disposição da Vara da Infância e da Juventude”, explicou o delegado.
Por ter sido encontrado nu, a Polícia Civil solicitou o exame sexológico forense no CPC “Renato Chaves”, para que um médico aponte ou não o abuso sexual. “Segundo as informações colhidas, a criança foi agredida com socos, pontapés e golpes com fios e foi jogada na represa e por não saber nadar morreu afogada”, disse, acrescentando que somente depois do laudo se saberá se o menino foi vítima de abuso sexual. (Com Informações de James Oliveira).