Por meio do trabalho ostensivo e de inteligência das forças de segurança do Amazonas, o número de armas de fogo apreendidas em Manaus cresceu 8,9% no primeiro trimestre de 2019. Ao todo, 551 armas foram retiradas de circulação, conforme indicadores do Instituto de Criminalística. Foram apreendidas também quatro submetralhadoras e dois fuzis.
Das apreensões feitas no período, 29% foram revólveres e 20% espingardas. Para o secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates, além da prisão de criminosos, a apreensão de armas é de suma importância, pois retira das mãos da criminalidade o poder de fogo para cometer crimes violentos como roubos, homicídios e latrocínios.
O secretário disse, ainda, que a ordem é redobrar as apreensões e prisões. Em três meses, somente a Força Tática apreendeu 62 armas de fogo. Em uma das ocorrências, os policiais interceptaram um homem que iria abastecer de armas uma invasão localizada nas proximidades do Residencial Viver Melhor, no Lago Azul, bairro Santa Etelvina, zona norte.
De acordo com o diretor do Instituto de Criminalística (IC), Carlos Fernandes, todas as armas apreendidas são encaminhadas ao setor para comparação balística, que vai verificar se aquele armamento foi utilizado em algum crime. Os armamentos passam por exame de eficiência, de identificação, exame de ocorrência de acidente de tiro ou de tiro acidental em caso de disparo. E ainda exame de comparação de projéteis e de marcas de percussão em estojos e cartuchos, eficiência em munição, verificação da eficiência dos mecanismos de segurança.
Além de armas, a criminalística realiza exames em projéteis encontrados em locais de crimes. Após conclusão da perícia, o resultado é encaminhado Divisão de Recebimento, Análise e Divisão da Polícia Civil. O setor possui equipamentos que auxiliam na perícia dos armamentos, dando mais rapidez e confiabilidade aos resultados, onde três peritos conseguem analisar o armamento de forma simultânea.
“Os exames de comparação microbalística, sobretudo os relativos a projéteis, têm como escopo identificar a partir de qual arma o mesmo foi expelido e, nesse caso, faz a conexão entre o cadáver e arma. Foram emitidos no mínimo 25 laudos dessa natureza, os mesmos em sua grande maioria apresentaram resultados positivos”, afirmou.
Recompensa – O governador Wilson Lima assinou, semana passada, mensagem governamental que prevê o pagamento de recompensas que variam de R$ 300 a R$ 1.000 aos policiais civis e militares que apreenderem armas de fogo ilegais. “Preciso de uma tropa motivada, que esteja na rua para dar resposta necessária ao cidadão”, afirmou o governador Wilson Lima.
Cada arma curta apreendida valerá R$ 300; arma longa (que não seja fuzil e metralhadora), R$ 500; e metralhadora e fuzil, R$ 1.000.
“Foi uma das formas que o governador trouxe para que pudéssemos baixar os índices de ocorrências policiais na cidade. Hoje ainda temos um índice alto, em razão de armas de fogo nas mãos de pessoas erradas. Agora teremos uma efetividade maior, porque o policial está sendo recompensado e vai buscar mais ainda essas armas. É mais um incentivo para as polícias e para que a gente possa dar um retorno para a sociedade, diminuindo os homicídios”, afirmou o coronel Louismar Bonates.