A Rússia está sendo acusada por universidades e farmacêuticas de outros países de usar um grupo de hackers para roubar as pesquisas em torno da vacina para tratamento contra o novo coronavírus (Covid-19).
O caso foi informado Centro de Cyber Segurança do Reino Unido nesta quinta-feira (16).
Países como Reino Unido, Estados Unidos e Canadá falam que o grupo APT29, conhecido como “Cozy Bear” (urso confortável, em tradução livre), trabalham junto com o governo russo para roubar as pesquisas.
“Nós condenamos esses ataques desprezíveis contra aqueles que fazem um trabalho vital para combater a pandemia de coronavírus”, disse Paul Chichester, diretor do Centro Britânico de Cyber Segurança (NCSC, na sigla em inglês).
Segundo a NCSC, os ataques são contínuos, e que são usadas diferentes técnicas e ferramentas que incluem ‘phishing’ (enviar mensagens enganosas para que o usuário clique em um link) e invasão por programas no computador de terceiros que executa tarefas sem que esses saibam (“malware”, em inglês).
“O ATP29 provavelmente vai continuar a ter como alvo as organizações envolvidas no desenvolvimento e pesquisa de uma vacina contra a Covid-19, porque eles buscam questões de inteligência ligadas à pandemia”, informou o comunicado do órgão.
Possível cura
A Rússia anunciou na última segunda-feira (13) que o imunizante desenvolvido no país contra o coronavírus passou nos testes realizados e se tornou o primeiro país do mundo a finalizar os testes em seres humanos.
No entanto, vários especialistas são céticos em relação ao estudo russo por causa da curta duração, de apenas dois meses. Eles criticam a forma acelerada como o país vai colocar o imunizante no mercado, sem fazer mais testes e sem esperar pra ver a reação do corpo humano ao medicamento.
Os testes começaram em junho e envolveram dois grupos. O primeiro tinha 38 voluntários saudáveis, com idades entre 18 e 65 anos.
Com informações do G1