Um confronto entre policiais e um grupo de piratas do rio resultou na morte de dois homens e na prisão de outros três no domingo (2), no município de Coari, interior do Amazonas. Os presos foram identificados como Kleber da Silva Costa, de 34 anos, Eduardo Vasconcelos Melo, de 24 anos, e Marcelo da Silva Menezes, de 25 anos. Eles são acusados de integrar um grupo criminoso que atuava em ataques a embarcações e comunidades ribeirinhas na região do Médio Solimões.
A operação policial começou após os homens invadirem uma balsa no município de Tonantins, ação que resultou na morte de uma pessoa e deixou outras três feridas. Ao chegar ao local, os policiais se depararam com o grupo armado próximo a uma área de mata fechada. Ao avistarem os agentes, os suspeitos tentaram fugir pela mata, mas foram alcançados e presos.
Um dos presos confessou ser integrante dos piratas e afirmou que o grupo realizava ataques nos rios da região do Médio Solimões, especialmente em Coari. Ele concordou em levar a polícia até uma casa onde os criminosos se escondiam. No entanto, ao chegarem ao local, um homem armado saiu de um dos quartos e atirou contra os agentes. Outro suspeito, que já estava sob custódia, tentou roubar a arma de um dos policiais, resultando em um novo confronto.
Durante o tiroteio, os dois piratas que reagiram foram mortos. No imóvel, os policiais encontraram um drone, uma pistola, uma antena de internet, uma serra elétrica, quatro celulares, documentos colombianos, munições para fuzis, drogas e R$ 474 em espécie. O material apreendido sugere que o grupo tinha uma estrutura organizada para cometer crimes na região.
Piratas no Amazonas
A pirataria fluvial é um problema recorrente no Amazonas, onde criminosos atacam embarcações e comunidades ribeirinhas, roubando cargas, dinheiro e pertences dos passageiros. A ação desses grupos tem causado medo e prejuízos econômicos para as populações locais, que dependem dos rios para transporte e comércio.
Os três suspeitos presos foram levados para a delegacia e devem responder por crimes como associação criminosa, roubo, homicídio e porte ilegal de armas. A polícia continua investigando as atividades do grupo para identificar outros envolvidos e desarticular a rede criminosa.
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