A cidade de Lethem, na Guiana, localizada na fronteira com o Brasil, continua registrando um movimento comercial normal, mesmo em meio às tensões geopolíticas envolvendo a Venezuela pela região de Essequibo. Apesar dos conflitos entre os países vizinhos, o comércio em Lethem, conhecido como o “paraíso de compras” para os brasileiros, segue sem interrupções significativas.
O prefeito de Bonfim, município brasileiro na fronteira com a Guiana, Joner Chagas (Republicanos), assegurou que a disputa territorial entre Venezuela e Guiana não impactou o fluxo de visitantes. Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, Chagas destacou a tranquilidade em Bonfim, diferenciando-se da situação em Pacaraima, cidade roraimense na fronteira com a Venezuela.
Apesar da preocupação em relação à disputa por Essequibo, Joner Chagas reiterou que a vida em Bonfim segue normalmente, sem pressão venezuelana e com as atividades comerciais operando regularmente. Ele enfatizou a ausência de militares no município, proporcionando um ambiente tranquilo, ao contrário de outras regiões fronteiriças.
A médica veterinária Sofia Porto, que recentemente esteve em Lethem para fazer compras, corroborou a normalidade da situação. Ela relatou que todas as lojas estavam abertas, com grande movimentação de clientes, e que não havia sinais de conflito ou alterações significativas.
Em contraste, na fronteira do Brasil com a Venezuela, em Pacaraima, o Exército Brasileiro intensificou sua presença, aumentando o contingente militar e reforçando a segurança. No contexto internacional, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou decretos para incorporar Essequibo como um estado venezuelano, um dia após os Estados Unidos anunciarem exercícios militares na Guiana.
A disputa histórica entre Guiana e Venezuela pela região de Essequibo está atualmente em julgamento na Corte Internacional de Justiça (CIJ), desde 2018, após a Guiana buscar a intervenção do tribunal diante da falta de resolução conciliatória com a Venezuela.
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