Neste domingo (15), um grupo de banhistas decidiu enfrentar as ordens do Estado que interdita à Praia da Ponta Negra por conta da maior vazante já registrada nos últimos anos. De acordo com a prefeitura de Manaus, cerca de 30 pessoas foram convidadas a se retirar do Rio Negro pela comissão do complexo turístico. No local existem 30 placas sinalizando a interdição do local para banho por medida de segurança e uma barreira com cerquite.
A interdição está em vigor desde o dia 2 de outubro. No último dia 13 de outubro, a cota do rio Negro estava na marca de 13,91 metros, apenas 28 centímetros de bater o recorde de vazante registrado em 2010. Nesta segunda-feira (16), marca foi alcançada, e o Rio Negro atingiu a cota de 13,59 metros.
A retirada dos banhistas, que se colocam em risco não atendendo aos avisos, foi feita com apoio da Guarda Municipal, com a equipe da base Oeste, no auxílio da orientação para a proibição de banho no balneário.
“Temos 30 placas informativas, em destaque vermelho, espalhadas pela praia sobre a proibição de uso da praia para o banho, em diversos pontos da faixa de areia e nos acessos. E ainda tem a cerca, mas, infelizmente, tem pessoas que insistem em não atender e se colocar em risco, inclusive com crianças. Pedimos, novamente, o apoio da população para respeitar a interdição até que a cheia do rio se normalize. É um tempo de exceção e a estiagem afeta a todo o Estado”, explicou o coordenador da comissão, Alberto Maciel.
A decisão de interditar a praia para o banho, em razão de segurança e de prevenção contra afogamentos, ocorre devido à proximidade entre o fim do aterro perene e o leito natural do rio, que pode apresentar alterações no terreno, como buracos, desníveis e depressões.
Na última interdição por conta da seca dos rios, ocorrida em 2015, a praia foi interditada por medida de segurança quando o rio Negro ficou abaixo da cota de 16 metros, após análise, laudo e relatórios de órgãos responsáveis, comprovando que a mesma não se encontrava própria para banho, naquela época.
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