Cinema, teatro, danças urbanas, pandemia, linguagens e hibridismo na arte são alguns assuntos em pauta nos bate-papos no projeto “Pitiú Textual das Artes: Jovens Artistas”. A programação desta semana inclui encontros on-line com os artistas Isabela Catão, Felipe Fernandes e Marcos Telles, respectivamente nesta quarta (14) e sexta (16), sempre às 19h, com acesso gratuito e aberto ao público em geral.
Abrindo a agenda, a atriz Isabela Catão enfoca duas de suas áreas de atuação em bate-papo com o tema “Cinema e Teatro”, na segunda (12/04). Ela assinala o desenvolvimento do audiovisual no circuito local: “O cinema amazonense tem retomado cada vez mais o lugar de pertencimento local, com produções que falam das histórias daqui, com profissionais do cinema residentes do nosso estado, gerando emprego e oportunidades para que possamos cada vez mais fortalecer nossos elos e com nossa cultura”.
Para Isabela, a troca de vivências em encontros como o do “Jovens Artistas” permite unir criadores e fortalecer o cenário artístico e cultural. “A importância de compartilhar das experiências da trajetória de artistas locais a partir de um projeto com temas artísticos plurais é que, além de expandir essas experiências, também abre um canal de aproximação entre quem fala e quem se faz presente nesses diálogos”, avalia.
O segundo encontro da semana é com o multiartista e produtor independente Felipe Fernandes, que discute a multiplicidade de linguagens e experimentos artísticos, na quarta (14), em bate-papo com o tema “Adaptações de linguagem, Hibridismo e a Arte Contemporânea”. Tal como Isabela, Felipe, que desenvolve seu trabalho na confluência entre as artes cênicas e visuais, destaca a importância das trocas para o desenvolvimento de artistas e do circuito artísticos como um todo.
“São importantes para trocar mecanismos funcionais e de comunicação. Como conversar com alguém fora da minha bolha social de forma cordial e inteligente e que garanta o processo de diálogo? Com trocas de experiências”, afirma.
O bailarino intérprete, coreógrafo e professor Marcos Telles protagoniza o último bate-papo da semana, na sexta (16/04), com o tema “Ensino e aprendizagem das danças urbanas: pré, durante e pós-pandemia”. De acordo com o artista, a proposta do encontro veio de sua vivência ao longo do último ano, marcado pelo isolamento social em decorrência da pandemia de Covid-19.
“Surgiu de atravessamentos sobre ser artista em tempos de pandemia, pensando em adaptações no aprender e no ensinar além do presencial, e na valorização dos corpos urbanos”, aponta o bailarino.
Para participar dos encontros on-line, basta conferir os links de acesso no dia de cada atividade, no Pitiú Textual das Artes (medium.com/pitiutextualdasartes) e nas redes do site no Facebook, Instagram e Twitter.
Quem são
Isabela Catão é atriz, com bacharelado em Teatro pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Integrou por cinco anos o elenco fixo da Cia de Artes Cênicas Ateliê 23, em peças como “Sur La Vie”, “Persona – Face Um”, “Sobre a adorável sensação de sermos inúteis”, além de atuar como assistente de direção em “Janta” e “Vacas Bravas”. No cinema trabalhou como atriz nos curtas-metragens “A goteira”; “O barco e o rio”, com direção de Bernardo Ale Abinader; e os mais recentes, “Enterrado no quintal”, de Diego Bauer, e “Joycilene”, de Hanna Goncalves. Na TV, teve participações na novela “A força do querer” (2017), da Rede Globo, e na série “Aruanas” (2018), da Maria Farinha Filmes.
Felipe Fernandes é produtor independente e multiartista, transitando entre dança, teatro, performance e artes visuais. É graduando do curso de Teatro da UEA. Iniciou produção cultural em 2006, na Cia de Teatro Vitória Régia, tendo experiência com o terceiro setor e empregando conceitos da economia criativa e solidária na difusão de produções independentes, festivais e mostras de artes, e projetos socioambientais. Compartilhou experiências e produziu coletivamente em seminários, cursos e diálogos sobre política cultural em várias cidades pelo país. Desde 2012, amplia seu repertório para projetos audiovisuais, em mostras, espetáculos teatrais e performances, assumindo o hibridismo da arte contemporânea e abraçando as possibilidades tecnológicas e digitais.
Marcos Telles é bailarino intérprete, coreógrafo e professor, tendo iniciado a prática de dança em 2014 e ingressado logo após no Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, na modalidade de danças urbanas. Com o passar do tempo, iniciou estudos em Dança Contemporânea e segue unindo as duas práticas em experimentos artísticos. É acadêmico em Licenciatura em Dança na UEA e segue pesquisando dança improvisação.
O “Jovens Artistas” é um projeto on-line com foco em arte, formação e ideias, protagonizado por artistas de Dança, Teatro, Artes Visuais, Literatura e Performance do Amazonas. A iniciativa promovida pelo Pitiú Textual das Artes tem oficinas, bate-papos e performances em torno de temáticas e linguagens do fazer artístico contemporâneo. As atividades virtuais e gratuitas iniciaram no dia 29 de março e seguem até 24 de abril.
A programação completa e outras informações sobre o projeto podem ser obtidas no site Pitiú Textual (medium.com/pitiutextualdasartes) e perfis no Facebook (pitiutextual), Instagram (pitiu_textual) e Twitter (pitiutextual).
O projeto “Pitiú Textual das Artes: Jovens Artistas” foi contemplado pelo edital emergencial Prêmio Feliciano Lana – Lei Aldir Blanc e conta com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, e do Governo Federal, por meio da Secretaria Especial da Cultura.
Pitiú Textual
O Pitiú Textual das Artes é um site voltado à difusão de informações, ideias e experiências relacionadas aos cenários de Dança, Teatro e Performance de Manaus e de outros centros do circuito artístico brasileiro. O projeto é uma iniciativa do artista Francisco Rider e do jornalista Jony Clay Borges.