Um casal foi morto dentro do apartamento onde moravam na madrugada desta quarta-feira (4) em Vila Velha, no Espírito Santo. De acordo com a Polícia Civil, a suspeita é que o autor do crime seja o filho das vítimas, que teria esfaqueado os pais e depois tirado a própria vida. A cena do crime, no entanto, chamou a atenção dos policiais, por conter cruzes e escritos em vermelho, além de páginas da Bíblia queimadas.
A polícia informou que o médico urologista e pastor Paulo de Oliveira Cesar, de 68 anos, foi achado já sem vida e caído no banheiro da residência. A mulher do médico, Raquel Heringer Cesar, de 61, foi encontrada morta em cima da cama, coberta com lençóis.
Quando a Polícia Militar chegou no local, o imóvel estava revirado. De acordo com o DHPP (Departamento Especializado de Homicídio e Proteção à Pessoa), o filho do casal, identificado como Guilherme Heringer Cesar, de 22 anos, cometeu suicídio após o crime. O jovem se jogou de um ponte entre Vila Velha e Vitória. O corpo foi encontrado pelos bombeiros na manhã de hoje.
Segundo a investigação, Guilherme teria ingerido bebida alcoólica a noite toda e, em determinado momento, pegou uma faca na cozinha e foi até o quarto para esfaquear a mãe, que estava dormindo. O pai acordou com o ato e entrou em luta com o filho para tentar impedi-lo, mas acabou sendo esfaqueado também.
Depois de matar os dois, o jovem teria ligado para parentes e dito que “tinha cometido uma besteira”, em seguida, fugiu do local com o carro do pai. O caso foi registrado como duplo homicídio com uso de arma branca, segundo a Polícia Civil.
A faca utilizada pelo suspeito foi apreendida e será levada para perícia. Os corpos do casal e do filho foram encaminhados para o DML (Departamento Médico Legal) de Vitória para serem liberados para os familiares e para realizar exame.
Cena do crime chocou a PM
Dentro do apartamento, foram encontrados elementos que chamaram a atenção dos policiais. Desenhos de cruzes, um versículo bíblico, páginas da Bíblia queimadas e os dígitos 666 nas portas — considerado o “número da besta” por religiosos — estavam na cena do crime.