O economista Javier Milei, candidato de direita a presidente da Argentina, venceu as eleições primárias realizadas no domingo 13. Isso significa que ele disputará as eleições em 22 de outubro.
Com mais de 97% das urnas apuradas, de acordo com dados oficiais, Javier Milei ficou com 30% dos votos. A coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio ficou em segundo lugar, com 28%. Os partidos de esquerda, da coalizão do presidente Alberto Fernández e da vice-presidente Cristina Kirchner, obtiveram 27%.
Com a economia arrasada, a inflação em mais de 100% e a popularidade baixa, Fernández decidiu não disputar a reeleição.
As eleições prévias, chamadas de Paso — primárias, abertas, simultâneas e obrigatórias — são um termômetro para a disputa presidencial da Argentina. Essas eleições, com 35 milhões de eleitores aptos a votar, definem as chapas que vão concorrer na eleição presidencial de outubro.
Milei concorre sozinho dentro da sua coalizão, mas tanto o governismo como a oposição têm mais de um candidato. Além de liderar o voto por chapas, Milei foi o candidato mais bem votado, com 7 milhões de votos.
Javier Milei obteve 30% dos votos; Sergio Massa, ministro da Economia do governo de Fernández, 21%; e Patricia Bullrich, ex-ministra da Segurança, teve 17 % dos votos.
Os próximos passos da eleição na Argentina
As primárias também definem os aspirantes a ocupar 24 cadeiras no Senado e 130 na Câmara dos Deputados do Congresso Nacional, além dos candidatos a prefeito da Cidade de Buenos Aires e ao governo da província de mesmo nome, entre outras posições.
Veja as principais datas da eleição:
15 de agosto: votação definitiva da Paso. Depois desse dia, serão oficializadas as legendas que concorrerão nas eleições gerais;
2 de setembro: início da campanha para as eleições gerais, ou seja, 50 dias antes do processo eleitoral;
A partir de 17 de setembro: início do segundo período de propaganda eleitoral em meios audiovisuais;
1º de outubro: primeira instância do debate presidencial obrigatório;
8 de outubro: segunda instância do debate presidencial obrigatório;
20 de outubro, a partir de 8h: início das restrições para as eleições gerais; e
22 de outubro: eleição geral.
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