O ano de 2024 entrou para a história como um dos mais quentes já registrados, expondo cerca de 3,3 bilhões de pessoas, o equivalente a 40% da população mundial, a níveis de calor nunca antes experimentados. O dado alarmante é resultado de um estudo realizado pelo centro climático americano Berkeley Earth, que analisou os impactos globais do aumento das temperaturas.
O levantamento destacou que países como Brasil, Paraguai, México, Coreia do Sul e outras 100 nações foram os mais afetados pelo calor extremo, com registros que superaram médias anuais históricas. As consequências foram sentidas em diversos setores, desde a saúde pública, com aumento de doenças relacionadas ao calor, até a economia, com perdas significativas na agricultura e no fornecimento de energia elétrica.
Impacto global
O fenômeno não foi isolado, atingindo todos os continentes. Especialistas apontam que a combinação entre as mudanças climáticas e o evento El Niño — um fenômeno natural que aquece as águas do Pacífico — potencializou as ondas de calor em 2024. Este cenário levou a uma nova reflexão sobre a urgência de ações climáticas globais para mitigar os efeitos das emissões de gases de efeito estufa.
No Brasil, cidades como Manaus, Cuiabá e Rio de Janeiro registraram temperaturas recordes e níveis de sensação térmica que ultrapassaram os 50°C em determinados momentos do ano. A população de áreas urbanas sofreu com apagões e escassez de água, enquanto as zonas rurais viram suas colheitas serem dizimadas pela seca extrema.
Calor sem precedentes
De acordo com os cientistas do Berkeley Earth, o ano de 2024 superou os recordes estabelecidos nos anos anteriores, consolidando-se como um dos piores da história recente em termos de calor extremo. Além do impacto humano direto, ecossistemas inteiros sofreram danos irreparáveis. Florestas tropicais, como a Amazônia, enfrentaram níveis inéditos de incêndios florestais, colocando em risco a biodiversidade local.
Com a previsão de que eventos climáticos extremos se tornem mais frequentes, especialistas alertam para a necessidade de ações imediatas. Medidas como a redução das emissões de carbono, o incentivo a fontes de energia limpa e políticas de adaptação às mudanças climáticas são consideradas essenciais para proteger populações vulneráveis em todo o mundo.
O estudo do Berkeley Earth deixa claro: o calor de 2024 foi um chamado urgente para governos, empresas e a sociedade civil agirem em conjunto para frear o avanço da crise climática. Se nada for feito, o impacto em 2024 pode ser apenas o prenúncio de um futuro ainda mais alarmante.
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