O Corpo de Bombeiros do Amazonas anunciou neste domingo (15) que a operação para encontrar o paraquedista Luiz Henrique Cardelli está encerrada após 30 dias do seu desaparecimento.
A Polícia Civil informou que as investigações do caso seguem em andamento. As buscas ocorreram no rio, e em terra. Como nada foi localizado, os bombeiros decidiram encerrar a ocorrência.
A corporação informou também que atenderá, a partir de agora, por demanda. Ou seja, caso alguém encontre algum vestígio que possa ser do paraquedista, as equipes serão deslocadas para atendimento.
Confira a nota da família:
A família e os amigos choram a dor do desaparecimento, sobretudo por não ter qualquer vestígio de seu paradeiro, o que se pode imaginar a angústia e tristeza por parte de todos que o conheciam.
Luiz Henrique Cardelli é um guerreiro, mas não há dúvidas de que a tempestade previsível, o forte vento e a correnteza dificultaram muito sua luta intensa pela sobrevivência.
Nesse sentido, há uma via lógica e legítima a ser questionada. Nenhum “equipamento” foi capaz de prever a tempestade no mês de abril? Nenhum “equipamento” foi capaz de proibir e fechar a área de salto naquelas condições?
Sabe-se que, por óbvio, o paraquedista possui sua autonomia enquanto tomador de decisão. No entanto, acreditamos que todo paraquedista deve receber todas as informações essenciais à prática direta do esporte, que são intrínsecas à formação de uma decisão final.
Acreditamos no trabalho da Polícia Civil do Estado do Amazonas e seguimos vigilantes na busca por esclarecimentos.
Desejamos que todas as partes envolvidas prestem depoimentos, à exemplo de todos os paraquedistas que estavam na aeronave, piloto, mestres de salto, responsáveis técnicos pela região (RTA – RTAG), proprietários da escola de salto, Aeroclube de Manaus, bem como as demais instituições por intermédio de seus representantes: CINDACTA, Comando do Corpo de Bombeiros, Secretaria de Segurança Pública, Defesa Civil, Instituto Nacional de Meteorologia Defesa Civil, Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Exército, Aeronáutica e Marinha.
A Justiça de Deus será feita e a Justiça dos homens precisa ser feita, com foco na prevenção de casos similares e ao aperfeiçoamento do próprio esporte.
Por fim, os representantes seguem à disposição para eventuais esclarecimentos e desejam os mais sinceros votos de solidariedade à família e aos amigos da jovem Ana Carolina Silva.
Relembre o caso
No dia 15 de abril, o atleta estava em um grupo formado por 14 paraquedistas que realizava saltos na capital amazonense, e foi surpreendido pelo forte vento e pela chuva que atingiu a cidade.
Durante o temporal, quatro atletas acabaram saindo da rota correta. Dois deles foram resgatados no mesmo dia, enquanto uma paraquedista foi encontrada no dia seguinte, já sem vida. Luiz segue desaparecido desde então.