O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta 4ª feira (14.abr.2021) a antecipação da entrega de 2 milhões de doses da vacina da Pfizer ao Brasil. Com a antecipação, devem chegar ao país 15,5 milhões de doses do imunizante contra a covid-19 nos meses de abril, março e junho. Queiroga participa de entrevista à imprensa na manhã desta 4ª feira no Palácio do Planalto e fala sobre ações do governo federal no combate à pandemia.
“Estimamos que nos próximos 10 dias teremos nosso estoque regulador fortalecido para dar suporte às secretarias estaduais de Saúde”, declarou o ministro em entrevista à imprensa concedida ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
A vacina da Pfizer já tem registro definitivo para uso no Brasil, sendo a primeira a obter essa autorização.
Queiroga informou na 3ª feira a estratégia que o governo federal vem adotando para tentar antecipar a entrega de vacinas no 1º semestre. A ideia é propor a países mais avançados na vacinação que cedam a sua cota de imunizantes ao Brasil. Não foram anunciados os países que estão sendo contatados e se algum deu sinalização positiva a essa proposta.
Na 2ª feira (12.abr), Queiroga havia afirmado que o Brasil teria 30,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 em abril, somando as entregas prometidas pelas diferentes produtoras com as quais o governo tem contrato.
O número anunciado na 2ª feira era maior do que o anunciado pelo ministro em 31 de março, quando a previsão era de 25,5 milhões de doses. “Agora, no mês de abril, nós temos asseguradas 30,5 milhões de doses dessas vacinas, que são produzidas nas nossas duas instituições, Fiocruz e Instituto Butantan. Isso é o que a gente tem certo”, disse Queiroga na 2ª feira (12.abr).
A estimativa atual ainda é menor do que o previsto em cronogramas anteriores. O governo chegou a contar com a possibilidade de receber 8 milhões de doses da vacina Covaxin, da Bharat Biotech. O contrato assinado em fevereiro previa compra de 20 milhões de doses do imunizante. O imunizante ainda não teve a autorização de uso da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O Ministério da Saúde também ainda esperava 400 mil unidades da Sputnik V, que também não foi aprovada ainda pela Anvisa.
O Senado aprovou na 3ª feira (13.abr) projeto de lei que permite a importação de remédios e insumos para o combate à pandemia sem aprovação da Anvisa.
O Brasil soma mais de 350 mil mortes pela covid-19 desde o início da pandemia. Começou a vacinar a população em 17 de janeiro. Até essa 3ª feira (13.abr), havia aplicado a 1ª dose em 24,5 milhões de pessoas (11,5% da população). A campanha nacional de imunização usa até agora os imunizantes CoronaVac, da farmacêutica Sinovac em parceria com o Butantan, e da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
*Poder360