Durante viagem a Israel, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a dizer que a decisão sobre a reforma da Previdência está com o Parlamento.
“A decisão está com o Parlamento. No que depender de mim, farei gestões. Eu conheço mais da metade dos parlamentares, fiquei 28 anos lá dentro, sei como funciona aquilo. Poderia até dar sugestões, mas não quero me meter porque agora estou em outra casa”, afirmou.
O presidente disse que fará uma reunião com lideranças partidárias na próxima quinta-feira para falar sobre o tema. Ele tem sido criticado pelos deputados pela falta de articulação coma Casa.
Bolsonaro também afirmou que o país precisa “mostrar que está fazendo a lição de casa” para atrair o investimento estrangeiro.
“Não é a proposta minha nem do governo, é do Brasil. Não temos outra alternativa. Chegou a este ponto: a Previdência está deficitária realmente e temos de fazer essa reforma. Espero que o Congresso aprove sem ela ser muito desidratada”.
Sobre as críticas a respeito das mudanças nas regras da aposentadoria dos militares, Bolsonaro disse “não ter nada a ver” e também voltou a afirmar que a categoria já passou por cortes em 2000. “Ninguém mais entrou. Se juntar essas duas, vai ver que a nossa é muito mais profunda que a dos demais”.
Bolsonaro também levantou os pontos que caracterizam o serviço militar e o diferenciam da aposentadoria dos civis.
“O militar não é Previdência. Eu sou suspeito para falar porque eu sou capitão do Exército, mas é uma vida completamente diferente: militar trabalha 24 horas por dia, situações extraordinárias da tropa, GLO, interferências nossas, nossas missões as mais variadas possíveis, somos os primeiros a ser chamados, estamos na fronteira, é uma vida complicada”.