A delegação brasileira fechou sua participação no Parapan de Santiago com uma marca histórica, conquistando um total de 343 medalhas (156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes), superando em 35 o desempenho da edição anterior, realizada em Lima (Peru), há quatro anos. O Brasil, líder no quadro de medalhas, deixou para trás os Estados Unidos, segundo colocado com 166 pódios, e a Colômbia, em terceiro com 161. A competição, que teve início em 15 de novembro, encerrou-se neste domingo (26).
“O resultado foi extraordinário. Sabíamos que era um grande desafio superar a campanha de Lima, mas nossa delegação superou todas as marcas de todos os tempos. Tivemos uma participação muito importante nos Jogos, com 40% dos atletas competindo pela primeira vez. Mais de 100 medalhas foram conquistadas por jovens. Realmente uma competição espetacular”, comemorou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cegos e atual presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Doming com 11 Pódios para o Brasil: Ciclismo e Badminton Brilham
O último dia de competições reservou ao Brasil 11 pódios, sendo cinco de ouro e seis de prata. No badminton, a brasiliense Daniele Souza conquistou a medalha de ouro no torneio de simples da classe WH1 (cadeira de rodas), vencendo a peruana Jaquelin Javier por 2 a 0, com parciais de 21/13 e 21/13. Além de Daniele, outros sete atletas da modalidade asseguraram medalhas.
A sergipana Maria Gilda Antunes ficou com a prata no badminton, superada por 2 a 0 (21/4 e 21/2) pela peruana Pilar Cancino, pela classe WH2 (cadeira de rodas). O paranaense Vitor Tavares, vice-campeão paralímpico em Tóquio, conquistou a prata na classe SH6, perdendo na final por 2 a 0 (21/19 e 21/15).
No ciclismo, a paranaense Jady Malavazzi garantiu o ouro na prova de ciclismo de estrada, com o tempo de 1h32min42. Sophia Brim, dos Estados Unidos, e Jenna Rollman, também dos Estados Unidos, ficaram com a prata e o bronze, respectivamente.
No badminton, destaque para o casal de noivos formado pela paranaense Edwarda Dias e o paulista Rogério Oliveira, que venceram a dupla Adriane Ávila e Yuki Roberto por 2 a 0 (21/13 e 21/13) na final das classes SL3 e SU5, garantindo dois ouros para o Brasil.
“É uma vitória que estávamos trabalhando muito para conseguir devido à pontuação para a classificação para Paris. Isso nos deixa muito mais próximos do sonho, que é ter uma vaga nos Jogos de Paris 2024”, comemorou Rogério, de 22 anos.
O Brasil mantém sua hegemonia no Parapan desde a edição do Rio de Janeiro, em 2007, e a edição de Santiago reafirmou a força paralímpica do país. A delegação brasileira celebra não apenas as conquistas, mas também o destaque de jovens atletas que brilharam em sua primeira participação nos Jogos Parapan-Americanos.
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