O Brasil alcançou um preocupante marco de mais de 1,8 milhão de casos confirmados e prováveis de dengue neste ano. De acordo com os dados atualizados pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde na segunda-feira (18), foram registrados 1.889.206 casos nas primeiras onze semanas do ano, uma taxa sem precedentes.
Esse número representa o maior registro desde que os dados começaram a ser compilados em 2000. O recorde anterior de casos prováveis ocorreu em 2015, com 1.688.688. O ano de 2023 também foi marcado por um alto número, com 1.658.816 casos.
No mesmo período do ano anterior, o Brasil havia registrado apenas 400.197 casos em menos de três meses. Além disso, até o momento, foram confirmadas 561 mortes desde janeiro, com outras 1.020 ainda em processo de investigação. Em 2023, houve 257 óbitos entre as semanas 01 e 11.
Em fevereiro, a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, indicou que a estimativa do Ministério era de 4,2 milhões de casos para o ano.
Na segunda-feira (18), a Prefeitura de São Paulo decretou situação de emergência devido ao aumento dos casos de dengue. No total, nove unidades da federação declararam emergência devido à dengue: Acre, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Amapá e Distrito Federal.
O vírus está dividido em quatro sorotipos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, todos capazes de desencadear as diversas manifestações da doença.
Campanha
O governo federal lançou recentemente a campanha Dez minutos contra a dengue. O conteúdo sugere ao cidadão que separe dez minutos por semana para o combate à dengue, já que cerca de 75% dos criadouros estão nos domicílios.
A ideia é que esse tempo é suficiente para garantir que caixas d´água estejam bem fechadas, jogar areia nos vasos de planta, garantir que os sacos de lixo estejam bem amarrados, conferir calhas, evitar pneus em locais descobertos, não acumular sucatas e entulhos e esvaziar garrafas PET, potes e vasos.
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