O presidente Jair Bolsonaro demonstrou irritação com jornalistas ao fim de um encontro com membros da comunidade brasileira em Israel, no Hotel King David, em Jerusalém, nesta terça-feira (2).
Em discurso durante o evento, o presidente lembrou seu voto no dia do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, pois disseram que ele não seria eleito para nada no país. Mas que “aconteceu o contrário”.
Na votação do impeachment, em 2016, Bolsonaro causou polêmica ao dizer: “Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo Exército de Caxias, pelas Forças Armadas, pelo Brasil acima de tudo e por Deus acima de tudo, o meu voto é sim”.
Ao fim do evento, os jornalistas perguntaram por que o presidente lembrou justamente esse evento em meio ao atual debate no Brasil sobre a lembrança do ditadura militar 55 anos depois de 31 de março de 1964.
“Mais alguma pergunta?”, respondeu o presidente, ignorando a indagação da imprensa. Em seguida, irritado com uma pergunta sobre a definição de nazismo como um movimento de esquerda e quantidade de viagens que está realizando, ele afirmou:
“Eu quero tratar vocês com o respeito que vocês merecem. Essas perguntas menores só dão manchetes negativas em jornais. Não vou responder”.
Sobre a questão das afirmações do chanceler Ernesto Araújo definindo o nazismo como de esquerda, ele disse concordar com seu ministro das Relações Exteriores.
“Não há dúvida. Partido Socialista… como é que é? Da Alemanha. Partido Nacional Socialista da Alemanha”.