O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que vai sancionar a proibição da cobrança pelas companhias aéreas pelo envio de bagagens de até 23 quilos, que está no âmbito da medida provisória que libera 100 por cento de participação de capital estrangeiro nessas empresas.
“Vou, vou (sancionar)… A pedido teu (de quem fez a pergunta), vou sancionar, fica tranquilo aí. Afinal de contas, com aquela isenção da franquia da bagagem, meu coração manda sancionar, porque quando começou cobrar a bagagem, as passagens não caíram, pô! Não adiantou nada, está certo?”, disse ele, em entrevista no Recife, onde participou de uma reunião do Conselho Deliberativo da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste).
Na véspera, em café da manhã com jornalistas, Bolsonaro já havia dito que tendia a manter a liberação do despacho de bagagens sem cobrança no transporte aéreo doméstico. Mas na ocasião tinha dito que decidiria apenas no limite do prazo que tem para sancionar a medida, de acordo com relatos dos presentes.
A retomada da franquia mínima de bagagem no transporte aéreo doméstico é de até 23 quilos nas aeronaves a partir de 31 assentos sem cobrança adicional, segundo texto aprovado pelo Congresso.
Essa isenção na cobrança de bagagem vai contra a orientação liberal do governo Bolsonaro, dada pela equipe econômica. A medida também pode prejudicar a entrada de empresas de baixo custo –as chamadas low costs– no país, na avaliação da líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).