O Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta terça-feira (25) o julgamento para decidir se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se aprovará réu no processo que a acusação de tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia com base em investigações da Polícia Federal, que aponta um suposto plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.
Em meio ao julgamento, Bolsonaro se manifestou publicamente, classificando o processo como a “maior perseguição político-judicial da história do Brasil”. O ex-presidente afirmou que sua vida pessoal, financeira e política foi “devassada de maneira vil e implacável” e que, mesmo após extensas investigações, nenhuma prova de corrupção foi encontrada contra ele.
Bolsonaro negou a acusação de tentativa de golpe e alegações de que discutiu com seus auxiliares apenas “políticas alternativas para a Nação”, sem nunca cogitar uma ruptura democrática. Ele também argumentou que se retirou do Brasil após as eleições para evitar tensão e que não esteve no país durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O ex-presidente Bolsonaro critica o andamento do processo de julgamento no STF, apontando que a denúncia está sendo comprovada por uma Turma da Corte e não pelo plenário. Ele também questionou o fato do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, acumular os cargos de investigador e julgador.
A denúncia da PGR se baseia, entre outros elementos, em delações premiadas, que, segundo Bolsonaro, foram modificações ao longo do tempo sob “pressão dos inquisidores”. Ele acusa seus adversários de tentar impedir sua candidatura nas eleições de 2026 e afirma confiar na Justiça.
O julgamento, que decorrerá pela Primeira Turma do STF, avaliará se há acusações suficientes para transformar Bolsonaro e outros acusados em réus. Caso a denúncia seja aceita, terá início um processo criminal, sem que o ex-presidente possa apresentar sua defesa e dar seguimento às decisões judiciais.
Leia a nota divulgada por Bolsonaro
- Trata-se da maior perseguição político-judicial da história do Brasil, motivada por inconfessáveis desejos, por vaidades e por claros interesses políticos de impedir que eu participe e ganhe a eleição presidencial de 2026.
- Jamais um ex-presidente da República do País teve sua vida pessoal, financeira e política devassada de maneira vil e implacável como acontece comigo – sem encontrar uma única prova de qualquer ato ilícito de minha parte. Na devassa pessoal, fiscal e financeira não encontraram um único vestígio, mínimo que fosse, de corrupção.
- Minha família foi perseguida, investigada e tripudiada nos meios de comunicação, sem dó nem piedade. Hoje tenho um filho que é obrigado morar nos EUA tal o nível de perseguição que ele sofre. Somente a fé em Deus e o apoio da família e dos amigos é que mantiverem de pé.
- Me acusam de um crime que jamais cometi – uma suposta tentativa de golpe de Estado. Conversei com auxiliares alternativas políticas para a Nação, mas nunca desejei ou levantei a possibilidade da ruptura democrática. As mudanças nos comandos das Forças Armadas foram feitas sem problemas. Sempre agi nas quatros linhas da Constituição. Sempre!
- Me afastei do País após a eleição porque entendi que seria o melhor para todos, inclusive para o candidato adversário. Não estava aqui no 8 de janeiro de 2023 e, no mesmo dia à noite, postei uma mensagem repudiando os atos violentos cometidos por aqueles que exerceram o direito legitimo de protestar, sem violência, como foi o caso da maioria dos manifestantes.
- Todo o processo Jurídico contra mim é uma aberração jamais vista! Investigações demoram seis anos, sem prazo de previsão de término. Pessoas são presas e coagidas a fazer delação premiada para salvar suas famílias. As defesas são cerceadas, as investigações correm em segredo de Justiça e realizadas prisões arbitrárias.
- A avaliação de uma denúncia contra um ex-presidente da República é feita por uma Turma do Supremo Tribunal Federal e não pelo plenário da Corte. Na banca de julgadores, dois conhecidos desafetos meus e um terceiro elemento que foi advogado do meu adversário eleitoral em 2022!
- O relator do processo é, ao mesmo tempo, vítima, investigador e julgador de sua própria causa – outra aberração, uma verdadeira “jabuticaba judicial”, impensável e inimaginável em verdadeiras democracias e num pleno Estado Democrático de Direito.
- As ditas “provas” de acusação se baseiam numa única delação premiada! Na verdade, em onze versões de uma única delação premiada, que foi modificada ao longo dos anos por pressão dos inquisidores e suas permanentes ameaças à integridade física, moral e familiar do delator.
- Registro que desde a primeira versão da delação, os investigadores, o magistrado e a PGR a consideraram como “A VERDADEIRA”, “A INQUESTIONÁVEL” para a comprovação dos supostos “crimes cometidos”, status que mudava a cada novo depoimento corretivo. Qual seria, então, a verdadeira delação? A primeira? A última? Todas ou nenhuma delas?
- Me afastei do País após a eleição porque entendi que seria o melhor para todos, inclusive para o candidato adversário. Não estava aqui no 8 de janeiro de 2023 e, no mesmo dia à noite, postei uma mensagem repudiando os atos violentos cometidos por aqueles que exerceram o direito legitimo de protestar, sem violência, como foi o caso da maioria dos manifestantes.
- Todo o processo Jurídico contra mim é uma aberração jamais vista! Investigações demoram seis anos, sem prazo de previsão de término. Pessoas são presas e coagidas a fazer delação premiada para salvar suas famílias. As defesas são cerceadas, as investigações correm em segredo de Justiça e realizadas prisões arbitrárias.
- A avaliação de uma denúncia contra um ex-presidente da República é feita por uma Turma do Supremo Tribunal Federal e não pelo plenário da Corte. Na banca de julgadores, dois conhecidos desafetos meus e um terceiro elemento que foi advogado do meu adversário eleitoral em 2022!
- O relator do processo é, ao mesmo tempo, vítima, investigador e julgador de sua própria causa – outra aberração, uma verdadeira “jabuticaba judicial”, impensável e inimaginável em verdadeiras democracias e num pleno Estado Democrático de Direito.
- As ditas “provas” de acusação se baseiam numa única delação premiada! Na verdade, em onze versões de uma única delação premiada, que foi modificada ao longo dos anos por pressão dos inquisidores e suas permanentes ameaças à integridade física, moral e familiar do delator.
- Registro que desde a primeira versão da delação, os investigadores, o magistrado e a PGR a consideraram como “A VERDADEIRA”, “A INQUESTIONÁVEL” para a comprovação dos supostos “crimes cometidos”, status que mudava a cada novo depoimento corretivo. Qual seria, então, a verdadeira delação? A primeira? A última? Todas ou nenhuma delas?
- A democracia prevaleceu! Não houve golpe de Estado, o candidato adversário tomou posse, sai do País, não estava aqui no dia 8/1 e mesmo assim tentam me condenar. Sabem que se eu disputar a eleição presidencial de 2026 serei vitorioso e colocarei, novamente, o Brasil no rumo certo.
- Confio na Justiça!
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