O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu adversário republicano, Donald Trump, estão empatados na disputa pela presidência nas eleições de novembro, segundo uma nova pesquisa Reuters/Ipsos. Ambos os candidatos receberam 40% de apoio entre os eleitores registrados na pesquisa de dois dias concluída nesta terça-feira (2). A pesquisa anterior, realizada entre 11 e 12 de junho, havia mostrado Trump com uma leve vantagem de 2 pontos percentuais, 41% a 39%.
Os dois candidatos se enfrentaram em um debate televisionado na última quinta-feira (27), no qual Biden gaguejou várias vezes e não conseguiu rebater os ataques de Trump. Após o debate, cerca de um em cada três democratas afirmou que Biden deveria desistir da disputa, embora ele tenha descartado essa possibilidade.
A pesquisa, que entrevistou 1.070 adultos norte-americanos, tem uma margem de erro de 3,5 pontos percentuais para os eleitores registrados. Muitos desses eleitores continuam indecisos a cerca de quatro meses da eleição de 5 de novembro. Cerca de 20% dos eleitores registrados disseram que não têm certeza em quem votar, que escolherão um candidato diferente ou que não votarão.
O levantamento não incluiu perguntas sobre o apoio ao candidato independente Robert Kennedy Jr., que na pesquisa de junho havia recebido 10% de apoio dos eleitores registrados.
As pesquisas nacionais fornecem sinais importantes sobre o apoio dos norte-americanos aos candidatos, mas apenas alguns estados normalmente inclinam a balança no Colégio Eleitoral, que, em última análise, decide quem vence uma eleição presidencial nos EUA.
Ambos os candidatos enfrentam desafios significativos. Para Biden, as preocupações incluem sua idade — 81 anos —, amplificadas por seu desempenho no debate. A pesquisa constatou que 83% dos democratas e 97% dos republicanos concordaram que, no debate, “Biden tropeçou e pareceu mostrar sua idade”. Apenas 58% dos democratas e 11% dos republicanos fizeram a mesma avaliação de Trump no debate.
Trump, de 78 anos, tornou-se em maio o primeiro presidente dos EUA a ser condenado por um crime, seja no cargo ou depois de deixar a Casa Branca. Ele enfrenta uma possível sentença de prisão em setembro, após ser considerado culpado de 34 acusações relacionadas a um pagamento pelo silêncio de uma atriz pornô antes da eleição presidencial de 2016.
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