Um homem, que não teve o nome divulgado, foi preso suspeito de estuprar uma bebê recém-nascida de cinco dias de vida do município de Tapauá (distante 364 quilômetros de Manaus). A vítima foi levada ao hospital da cidade com sangramento nas partes intimas. O crime ocorreu na última quinta-feira (9), e o suspeito foi transferido para Manaus ontem (13) para responder pelas acusações.
Segundo informações da delegada Kelly Souto, titular da 64ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Tapauá, o homem era considerado avô da vítima, o que torna o caso ainda mais perturbador. Inicialmente, a família tentou encobrir o crime, alegando que a criança já apresentava lesões quando saiu da maternidade, e que uma prima também teria nascido com essas mesmas características. No entanto, durante as investigações, o suspeito acabou confessando o abuso.
“A família alegava que a criança saiu da maternidade daquele jeito e que tinha outra prima que nasceu daquele jeito. Eles negavam a todo momento e acobertar, isso que dificultou o trabalho da polícia mas o trabalho só terminou com a confissão dele”, disse.
O crime teria ocorrido na própria casa da família, onde a bebê estava no quarto do suspeito e de sua esposa. A mãe da criança se encontrava em outro quarto, em período de resguardo, enquanto o pai estava ausente no momento do ocorrido. De acordo com relatos da delegada, o suspeito teria se aproveitado da situação para cometer o ato. Quando a criança começou a chorar intensamente, ele a levou até a mãe para ser amamentada.
“Na casa são três quartos, a criança estava no quarto dele e da esposa, a mãe da menina estava em outro quarto de resguardo, o pai não estava em casa na hora, momento em que ele se aproveitou. Depois que ele tentou praticar o ato e ela começou a chorar muito, ele levou ela para a mãe amamentar, ela foi acalentada mas passou a noite chorosa. No outro dia quando foram trocar a fralda viram o sangue e levaram a menina para o hospital. Quando viram que tinha ocorrido um abuso tentaram falar que ela tinha saído desse jeito do hospital e sangrando desde que nasceu”, declarou.
Conforme a delegada, o homem alegou que cometeu o abuso apenas com dedo, porém, os médicos que atenderam a bebê afirmaram que as lesões observadas não poderiam ter sido causadas por dedo, mas sim por algo mais volumoso, como um pênis, o que indica claramente um caso de estupro. Kelly Souto ressaltou que, se a bebê não tivesse chorado tão intensamente durante o ato, as consequências poderiam ter sido ainda mais graves.
“Os dois médicos que atenderam a criança disseram que ali não teria como ter sido dedo e sim algo mais calibroso como um pênis, porque, senão teria rompido todo o hímen da criança. Se a criança não tivesse chorado escandalosamente ele teria concluído e juntado vagina com anus. Foi o choro da criança que salvou ela”, afirmou.
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