O Governo do Amazonas inaugura, nesta terça-feira (04/08), um projeto inédito de combate ao narcotráfico, à pirataria e aos crimes ambientais no estado. É a Base Fluvial Arpão, que vai ficar no rio Solimões, entre os municípios de Coari (a 363 quilômetros de Manaus) e Tefé (a 523 quilômetros da capital), desencadeando uma série de operações policiais na região. A iniciativa é resultado de parceria com o Governo Federal, por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
A Base Arpão vai reunir efetivos da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além de médicos, dentistas, enfermeiros e outros agentes de segurança. A embarcação também será um dos pontos de atuação do Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (Vigia).
Em conjunto com a Base Fluvial Arpão, o Governo do Amazonas empregará nas operações de interceptação de traficantes as três lanchas blindadas entregues pelo governador Wilson Lima no início deste ano. As embarcações vão reforçar ações estratégicas a partir de levantamentos de inteligência.
Radiocomunicação
Também será inaugurado um sistema de radiocomunicação para reforçar o combate ao narcotráfico e aos crimes ambientais em sete municípios do Amazonas. Com investimento de R$ 13 milhões, o projeto é uma parceria entre a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e o MJSP, por meio do Programa Vigia e da Operação Hórus.
Inicialmente, o sistema será implementado em Iranduba, mas também vai beneficiar, nas próximas etapas, os municípios de Coari, Parintins, Santo Antônio do Içá, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga e Tefé.
Ação integrada
O Programa Vigia faz parte dos projetos estratégicos do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A Operação Hórus é um dos eixos do programa, que atua permanentemente no Amazonas desde novembro de 2019. Entre as linhas de atuação do Vigia estão operações integradas, aquisição de equipamentos, capacitações e bases operacionais com integração de sistemas. O objetivo é aumentar a fiscalização e a repressão contra os crimes transfronteiriços, como contrabando, tráfico de drogas, armas e munições.