Após sucessivos aumentos, mais uma vez a Petrobras anunciou o aumento dos combustíveis no país. E com os preços subindo, o carro ficou reservado somente para momentos específicos.
“Usar o próprio carro somente para trabalhar”. A declaração é do metalúrgico Raimundo Torres, de 78 anos, que parou em um posto de combustíveis em Manaus para abastecer o veículo.
O metalúrgico abasteceu o carro com R$ 30 de gasolina. O idoso disse que usaria o veículo para fazer um trabalho e lamentou um novo aumento no preço do combustível. Se antes ele usava o carro para se locomover para todos os lugares, hoje conta que usa apenas para o essencial.
“Se eu for sair para algum lugar, sem ter que levar ferramenta de trabalho, eu vou de ônibus. Sai mais barato e economizo gasolina” .
Segundo o metalúrgico, caso usasse o carro sempre que saísse de casa, o prejuízo seria estimado em R$ 2 mil por mês.
No mesmo posto de combustíveis, o aposentado Geraldo Albuquerque abastecia o carro dele ao lado do filho de 16 anos, que tem síndrome de down e gosta de passear.
“Dependemos do carro para levar o filho para o colégio e outras coisas. É um absurdo conviver com isso, mas a realidade do Brasil é essa. De R$ 6,29 vai para R$ 7 praticamente”, contou.
“Cortamos muito o lazer. Pegávamos estrada, íamos para banho uma vez por mês, agora ficou difícil. Passeamos na área urbana, pois não pode sair todo dia. Meu filho pede para passear, ele gosta, mas ficou complicado. Procuramos locais mais próximos, aqui na cidade, pois ir para longe já pesa no orçamento” .
*G1