Um dos maiores atores do mundo germânico, o suíço Bruno Ganz morreu na madrugada de sábado (16), em sua casa, em Zurique. Ele tinha 77 anos e sofria de câncer no cólon.
Entre seus papéis mais famosos estão o do ditador Adolf Hitler em “A Queda”, em 2004, e o do anjo Damiel de “Asas do Desejo”, de Wim Wenders. Um de seus últimos papéis foi como Virgil, o interlocutor do serial killer vivido por Matt Dillon em “A Casa que Jack Construiu”, de Lars von Trier.
“O céu está azul lá fora e o sol saiu. E há uma razão triste para isso”, disse Dieter Kosslick, diretor do Festival de Berlim, ao anunciar que Ganz tinha morrido.
Conhecido por papéis de sujeitos algo atormentados e circunspectos, ele era um “sujeito muito engraçado”, segundo Kosslick.
O ator começou sua carreira no teatro no começo dos anos 1960 e teve um início não tão bem-sucedido no cinema. Foi a partir dos anos 1970 que ele começou a participar de filmes de mais projeção, caso de “A Marquesa d’O”, de Éric Rohmer, de “O Amigo Americano” (1977), de Wenders.
Outros de seus longas mais conhecidos são “Pão e Tulipas”, de 2000, e “O Leitor”, de 2008.