O assassino que matou quatro pessoas e feriu outras 12 em um ataque a duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, foi sentenciado a três anos de internação. A sentença foi anunciada nesta quarta-feira (7) pelo juiz da Vara da Infância e Juventude de Aracruz, Felipe Leitão. De acordo com a lei, o tempo determinado é o limite máximo estabelecido como medida socioeducativa devido à idade do atirador, 16 anos.
O adolescente está internado desde o dia dos ataques, 25 de novembro, em uma unidade do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) de Cariacica, na Grande Vitória.
– Por se tratar de um adolescente, o autor dos fatos responderá por ato infracional análogo ao crime de homicídio em sua forma tentada e consumada, respondendo pela medida socioeducativa em sua forma mais gravosa, que são três anos de internação – explicou o escritório Benichio Advocacia, que cuidou do caso, por meio de nota.
– Nesse período em que o adolescente estará sob a tutela do Estado, deverá passar por exames psiquiátricos recorrentes, para atestar sua possibilidade de retornar ao convívio social – completaram os advogados de defesa.
Na última sexta-feira (2), a professora de História Sandra Regina Guimarães, de 58 anos, recebeu alta médica. Sandra foi atingida por sete tiros nas pernas, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti.
No atentado, quatro pessoas morreram: três professoras e uma aluna. Treze pessoas ficaram feridas. Duas professoras e dois estudantes seguem internadas, uma das professoras está em UTI, entubada, em estado grave.
outra escola invadida pelo adolescente foi o Centro Educacional Praia de Coqueiral, antes conhecida como Colégio Darwin. O rapaz usou duas armas do pai e o carro da mãe.
O pai do adolescente pediu perdão às vítimas. Ele disse que não consegue entender o que levou o filho a praticar o crime.
– Sei que a tragédia que ceifou várias vidas foi cometida por meu filho, um filho criado com todo amor e carinho. Mas não consigo entender o que o levou a cometer esse atentado. Se eu pudesse, pediria para cada família o perdão para meu filho, apesar de saber que diante de tamanha dor isso é algo impossível – afirmou.