Ao cumprir mandado de busca, a Polícia Civil encontrou no quarto de Flávio dos Santos Rodrigues, filho da deputada Flordelis dos Santos (PSD), uma pistola 9mm que, segundo a delegada responsável pela investigação do caso, pode ser a arma usada no assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da parlamentar. Uma primeira perícia feita pela Divisão de Homicídios constatou que a pistola foi usada na noite do crime.
Outra perícia será realizada nesta quarta-feira (19), no Instituto de Criminalista Carlos Eboli, para confirmar se a arma realmente foi utilizada. Flávio foi preso no velório do padrasto por ter ameaçado a ex-mulher no início do ano.
“Na casa, encontramos uma pistola 9 milímetros no quarto ocupado pelo Flávio. Coletamos o padrão balístico da arma e já há uma primeira indicação de que é a arma do crime. Nós achamos hoje na casa a arma utilizada no crime” contou a delegada Barbara Lomba, titular da DH Niterói.
No dia do homicídio, a polícia recolheu nove munições que estavam no local. Elas foram comparadas com as munições da arma apreendida no quarto de Flávio. “Os estojos ficam com as marcas da arma. Fizemos tiros com a arma que coletamos e eles foram comparados”, disse a autoridade policial.
A possibilidade do crime ter sido um latrocínio — roubo seguido de morte, está descartada pela DH. A polícia agora apura quem foi o autor dos disparos e a motivação do crime. Flavio deverá ser ouvido novamente, ainda nesta semana, sobre as novas provas encontradas.
Na tarde desta terça-feira (18), policiais estiveram na casa da pastora para cumprir um mandado de busca e apreensão. Os agentes buscavam, entre outras provas que podem ajudar na elucidação do crime, o celular do pastor Anderson do Carmo de Souza, morto a tiros na madrugada de domingo (16).
Os policiais foram acompanhados do promotor Sérgio Luiz Lopes Pereira, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público. Pereira deixou a sede da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) um pouco antes da delegada Bárbara Lomba, titular da unidade policial, carregando um envelope pardo com a palavra “sigiloso” e um número de processo. Ninguém informou detalhes do mandado.