O lateral-esquerdo William Tesillo confirmou nesta segunda-feira a denúncia que fez a sua esposa Daniela Mejía, através das redes sociais, sobre ameaças contra ele e sua família por ter perdido o pênalti que levou à eliminação no confronto com o Chile pelas quartas de final da Copa América.
O elenco dirigido pelo português Carlos Queiroz chegou ao Brasil como um dos favoritos para reconquistar o título que ganhou um única vez, em 2001, mas caiu por 5 a 4 na disputa de pênaltis, na sexta-feira, após empate por 0 a 0 no tempo regulamentar, na Arena Corinthians.
“Sim, sim. É certo. Escreveram para minha esposa e ela publicou (domingo). E a mim também, mas não publiquei nada. Mas, bom, estamos com Deus”, manifestou o jogador na edição digital do diário El País de Cali.
A esposa de Tesillo revelou alguns ameaças em sua conta no Instagram e reproduziu uma que aludia ao assassinato de Andrés Escobar e outras que exortavam a matarem o lateral, que defendeu o mexicano León na última temporada.
Em 1994, Escobar marcou um gol no compromisso em que a Colômbia perdeu por 2 a 1 para os Estados Unidos na fase de grupos, um resultado determinante para a eliminação de sua equipe na primeira etapa da Copa do Mundo. Então uma estrela da seleção colombiano, Escobar foi baleado quando deixava uma boate de Medellín em 2 de julho daquele ano por supostos narcotraficantes.
“Meu filho cobrou porque ninguém mais se atreveu a bater o quinto pênalti, ele passou na frente para cobrar”, afirmou, por sua vez, William Tesillo, pai do jogador, à rádio Caracol da Colômbia.
De acordo com seus companheiros, Tesillo foi quem mais bem saiu durante os treinamentos de cobranças de pênalti. “Eu estava convencido de que meu filho ia marcá-lo e ante as ameaças que fizeram contra nós, apenas rezamos, você tem que pensar que isso é futebol e você pode perder ou ganhar”, concluiu o pai do defensor.