O preço da botija de gás de 13 quilos deve alcançar o valor médio de R$ 80 em Manaus e de até R$ 85 nos municípios do interior do Amazonas nos próximos dias. Tudo graças ao reajuste de 0,5% a 1,4% anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira (4). De acordo com o presidente da Federação das Empresas Revendedoras de Gás Liquefeito do Amazonas (Fegás), Fernando Feitoza, até o início da próxima semana o consumidor amazonense já deve sentir a diferença no bolso.
Em todo o país, o aumento vai passar a vigorar a partir desta terça-feira (5). “Eles vão elevar o preço para as distribuidoras. E na quinta-feira (7), as distribuidoras vão passar para nós, os revendedores. Creio que até segunda (11) chega para o consumidor final este aumento. Estão falando uma média de 2% de aumento”, disse o presidente.
Com o aumento, o valor da botija de 13 quilos na capital vai de R$ 75 para R$ 80, em média. Já no interior, pode chegar a R$ 85.
Segundo Feitoza, cerca de 60% do valor da botija de gás fica com a estatal. E, a menor fatia resta aos revendedores, que amargam lucros abaixo da média.
“O lucro do revendedor já esta defasado ha tempos. A Sefaz nos dá a margem de lucro de 30% e não ganhamos 12%. Compramos hoje a botija na faixa de R$ 68 das distribuidoras. Pra gente vender de R$ 75, fica difícil. Hoje a maioria das revendedoras de gás estão sucateadas. Os revendedores não conseguem ter lucro, não conseguem fazer o repasse ao consumidor final. Muitas empresas estão fechando”, denunciou.
De acordo com o presidente, a política nova da estatal é de reajustar o valor de 3 em 3 meses. “Dessa forma, a vida do revendedor fica difícil e a vida do consumidor final fica muito complicada”, disse.
Feitoza lembrou ainda que no período de um ano – de setembro de 2017 a setembro de 2018 – houve um total de 30% no reajuste imposto pela Petrobras para as distribuidoras.