O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) decidiu não passar mais para o pai e presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), a senha do Twitter presidencial. As informações são da revista Época.
Segundo a reportagem, é por isso que há três dias o presidente não publica nada em suas redes sociais. O último post foi no domingo (21/04/2019), sobre as comemorações de Páscoa
A revista lembra que foi o vereador carioca quem postou no perfil de Jair Bolsonaro no YouTube um vídeo do filósofo Olavo de Carvalho atacando o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB).
Publicação
Logo após a publicação desta matéria, às 20h33, o presidente publicou o primeiro post depois de quase três dias de silêncio: um vídeo sobre o Congresso Resgate da Nação. Bolsonaro até assinou o post.
Treta
O vereador decidiu entrar no embate entre o escritor Olavo de Carvalho e o vice-presidente Hamilton Mourão. Nas redes sociais, o político criticou a postura do general e disse que ele está no “último suspiro de vida”.
Carlos compartilhou um vídeo de uma entrevista de Mourão em que ele sugere ser melhor a população venezuelana não estar armada para enfrentar o presidente Nicolás Maduro. “Senão, iríamos para uma guerra civil na Venezuela que seria horrível para o hemisfério como um todo.”
Na última segunda-feira (23/04/2019), em mensagem lida pelo porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, Bolsonaro pediu para que os conflitos entre a ala que segue o escritor Olavo de Carvalho no governo, da qual Carlos faz parte, parasse com as brigas com os militares, sobretudo com o vice.
Na terça, porém, o próprio presidente fez defesa enfática do filho, novamente por meio do porta-voz, ao dizer que ele sempre estaria ao seu lado por ser “sangue do seu sangue”.
Carlos, porém, voltou a atacar Mourão ainda nesta quarta-feira, acusando o general da reserva de ser “alinhado” com inimigos do presidente.
“Caiu no colo de Mourão algo que jamais plantou. Estranhíssimo seu alinhamento com políticos que detestam o presidente”, disse o vereador carioca ao resgatar fala de Mourão do dia 9 de abril, quando ele afirmou que o ex-deputado Jean Wyllys (PSol-RJ) não precisaria ter saído do país após as ameaças porque o estado poderia protegê-lo.