A delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), disse em coletiva de imprensa realizada na tarde desta última quinta-feira (13), às 14h, que Erlon Gabriel Dias Costa, de 2 anos, pode não ter sido sequestrado e que a história de que um carro preto teria levado a criança está descartada.
Desaparecimento
Erlon desapareceu no dia 6 de fevereiro, quando brincava em frente de casa, na rua 7 da comunidade União da Vitória, no bairro Tarumã-Açú, Zona Oeste de Manaus. A polícia trabalha com a hipótese de que ele tenha caído em um rio nas proximidades.
Joyce Coelho disse que não há muitos avanços na investigação e que o caso é difícil e complexo. Conforme a autoridade, os policiais tiveram a necessidade de avaliar se há envolvimento de traficantes no desaparecimento da criança, devido ao histórico criminal da família de Erlon. Também foi analisado a hipótese de falso sequestro para pedir dinheiro da família, mas nenhum indício investigado pela polícia confirmou essas duas teorias.
Linhas de investigação
A titular da Depca destacou que a polícia acredita que a criança possa ter caído em um rio das proximidades ou ter se perdido em uma área de mata. “Serão realizadas buscas pela área com equipes especializadas. Nenhuma informação pode ser descartada”, disse.
Coelho disse que não há sequer um Boletim de Ocorrência (BO) na Depca caracterizando sequestro, como estão sendo espalhadas em “fake news”, nas redes sociais. “O que está acontecendo é que pessoas de bem estão sendo abordadas e tendo seus filhos constrangidos por terem características físicas parecidas com as de Erlon”, declarou.
Conforme a delegada, algumas divergências entre depoimentos da família da criança podem estar atrapalhando a investigação. O companheiro da mãe da criança tinha um mandado de prisão em aberto e horários divergentes sobre o desaparecimento, características do desaparecimento omitidas podem dificultar o entendimento do caso.
Para concluir, Joyce pediu que as pessoas que tenham qualquer informação sobre o paradeiro da criança que acionem a polícia por meio do número 181. “Continuem divulgando a imagem da criança, isso é essencial para auxiliar o nosso trabalho”, pediu.