Em comemoração aos 100 dias de governo, o presidente Jair Bolsonaro aproveitará evento no Palácio do Planalto para anunciar pessoalmente nesta quinta-feira (11) a concretização de medidas que estavam previstas desde o início de sua gestão.
Durante a cerimônia, que terá como slogan “100 dias – 100% pelo Brasil”, Bolsonaro vai assinar um pacote de decretos presidenciais.
Entre eles, a criação do 13º pagamento para beneficiários do Bolsa Família, promessa feita pelo presidente durante a campanha para desfazer uma declaração de seu vice, general Hamilton Mourão, que criticou o pagamento do benefício aos trabalhadores brasileiros.
Na lista estão ainda a alteração do regime de multas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e a instituição da nova Política Nacional de Alfabetização e da Política Nacional de Gestão Turística.
A ideia é de que ele aproveite a solenidade para anunciar também a publicação das regulamentações da educação domiciliar e da Lei Brasileira de Inclusão, iniciativas que já foram anunciadas pelo Ministério dos Direitos Humanos.
O decreto do Meio Ambiente, que será assinado nesta quinta, viabiliza a realização de audiências de conciliação e de descontos progressivos no processo de pagamento de multas ambientais.
O Palácio do Planalto organizou uma cerimônia no segundo andar que contará com a presença de parlamentares, ministros e apoiadores. Um discurso do presidente também é previsto.
Bolsonaro chega aos 100 dias de governo numa tentativa de reestruturar sua gestão após acumular desgastes com erros de comunicação e desentendimentos com o Congresso.
Para tentar reverter esse quadro, o Planalto planeja fazer mudanças na estrutura da Esplanada e alguns ministérios podem ser revistos.
Na área de comunicação, o presidente decidiu trocar o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação) pelo empresário Fabio Wajngarten. O objetivo é criar uma agenda positiva da gestão atual por meio da publicidade e do relacionamento com a imprensa.
Um dos pontos que deve ser intensificado é a promoção da reforma da Previdência para a população.
Pesquisa Datafolha desta quarta-feira (10) mostrou que 51% desaprovam o projeto, considerado crucial pelo governo.
Bolsonaro deve ainda passar a fazer viagens pelo Brasil para inauguração de obras e promoção de ações de sua gestão.
A primeira delas ocorrerá na sexta-feira (12), com a inauguração de um aeroporto em Macapá, capital do Amapá.
Na lista de visitas a estados há a previsão de uma ida a Campina Grande, na Paraíba, para entrega simbólica do 13º do Bolsa Família, além de uma ida a locais no estado onde o presidente vai visitar postos de dessalinização de água.
Para as agendas, o Planalto pediu aos ministérios que informem a lista de ações e inaugurações que o presidente pode fazer pessoalmente nos estados brasileiros.
Com as viagens, auxiliares querem transmitir para a população um sinal de proximidade do presidente com os cidadãos.