Do lado de fora do cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo, manifestantes e apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rezaram, aplaudiram, gritaram palavras de ordem, cantaram e pediram para ver o petista neste sábado (2).
Lula recebeu autorização da Justiça Federal do Paraná para acompanhar o velório de Arthur Araújo Lula da Silva, 7, que morreu em decorrência de meningite meningocócica na sexta (1º). A Lei de Execução Penal prevê a permissão de saída de presos para velórios e enterros de familiares, incluindo descendentes.
Sob escolta armada, Lula chegou aos gritos de “Lula livre” e “Lula guerreiro do povo brasileiro”. Ele acenou para os simpatizantes, que se aglomeravam no entorno, contidos por grades. Os apoiadores rezaram um Pai-Nosso em seguida.
Mais tarde, de dentro do crematório, uma pessoa chegou a pedir que os apoiadores fizessem silêncio para que Lula se despedisse do neto.
Em seguida, Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, ao lado de Gleisi Hoffmann, explicou à militância que Lula não pode sair para fora do crematório.
Ficou combinado que o público participaria de uma oração, feita ao mesmo tempo dentro e fora do local.
Familiares e amigos se despediram do menino num caixão branco aberto. À frente, foram colocados brinquedos, bola de futebol e um par de chuteiras. A sala estava repleta de coroas de flores, enviadas por políticos, membros da família, sindicatos e também pelo ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.
Apenas família e poucos políticos tiveram acesso a Lula dentro do crematório. Segundo relatos de pessoas que estiveram ali, Lula chorou compulsivamente ao entrar. Ele cumprimentou Dilma, Gleisi, Haddad e outros.
O petista pôde circular pela sala onde está o caixão do neto e pela sala adjacente. A Polícia Federal proibiu o registro de imagens, vídeos e áudios, inclusive pela equipe de comunicação do PT.