Apenas 0,2% dos venezuelanos residentes no Brasil poderão votar nas eleições presidenciais da Venezuela, que ocorrerão no próximo domingo (28). Esse número reduzido se deve às restrições impostas pelo governo venezuelano, que permitiu o registro de eleitores apenas nas sedes da embaixada em Brasília e no Consulado Geral em São Paulo.
O presidente Nicolás Maduro, que busca seu terceiro mandato e conta com 25% das intenções de voto, enfrenta a oposição de Edmundo González Urrutia, que lidera as pesquisas com 60%, segundo o Instituto Delphos. Maduro já alertou sobre um possível “banho de sangue” em caso de derrota e atacou o sistema eleitoral brasileiro, afirmando que os votos no Brasil não são auditados.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), há 21,4 milhões de eleitores registrados na Venezuela, dos quais 69.211 estão fora do país. Até 3 de junho, a plataforma R4V indicava que 7,7 milhões de venezuelanos haviam buscado refúgio ou migrado para outros países. Estima-se que cerca de 5 milhões desses indivíduos têm condições de votar, sendo a maioria contrária ao regime de Maduro.
No Brasil, onde vivem 568.058 venezuelanos como refugiados ou residentes, a imprensa venezuelana estima que apenas 0,19% terá a possibilidade de participar da votação. Embora o CNE tenha divulgado o número total de eleitores no exterior, não especificou a quantidade exata por país, resultando em uma estimativa de que apenas 1.059 venezuelanos no Brasil poderão votar.
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