O Estado do Amazonas está há 29 dias sem registrar óbito por Influenza A (H1N1). De acordo com a 23ª edição do Boletim Epidemiológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), divulgada nesta quarta-feira (17/04), o último caso foi registrado no dia 19 de março. Desde então, o número estagnou em 33 vítimas (26 em Manaus).
Para a gerente de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Nayara Maksoud, uma das razões para a estagnação dos óbitos foi a eficácia do plano de assistência executado na rede estadual, que envolveu, entre outras medidas, a reserva de leitos exclusivos para casos suspeitos.
“A principal medida foi termos reorganizado o plano de assistência das vitimas suspeitas de H1N1 dentro dos prontos-socorros adultos e infantis, oferecendo, a partir de então, assistência adequada aos casos, com a ampliação de leitos pediátricos e adultos exclusivos. Assim como o reforço nos cuidados com a segurança dos pacientes nas unidades e com ações permanentes de educação em saúde”, destaca Nayara.
O boletim desta quarta-feira mostra ainda que casos notificados de SRAG subiu de 1.074 para 1.094 casos. Desse total, 120 positivos para o Vírus da Influenza A (H1N1) e 227 para Vírus Sincicial Respiratório (SRV). O documento é elaborado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS- AM).
No interior, os casos de óbitos por H1N1 também seguem sem alteração, com os três casos em Manacapuru, além de Parintins, Itacoatiara, Japurá e Urucurituba, com um caso cada.
Para o Sincicial, nesta edição, subiu de 20 para 23 casos óbitos, sendo 21 em Manaus, permanecendo no interior, um em Borba e outro em Manacapuru.
O número de óbitos por outros vírus respiratórios também continua o da última edição: em Manaus, um óbito por Parainfluenza tipo 3 e um pelo vírus Metapneumovírus; e, no interior, um óbito por Influenza A não subtipável, registrado no município de Maués.
Segundo a atualização do boletim, dos 59 pacientes graves que evoluíram para óbitos, entre fevereiro a abril de 2019, 54 deles faziam parte de grupo de risco mais suscetíveis, o que corresponde a 91,5%, com destaque para crianças menores de 5 anos, idosos, pessoas com diabetes, pneumopatas, pessoas com obesidade e neuropatas.