O Amazonas é o terceiro estado da Região Norte com maior número de focos de queimadas registrados em 2019. Até o domingo (27), foram contabilizados 11.838 casos, índice inferior aos registros dos estados do Pará – com 19.909 – e Tocantins, com 12.871 focos.
Dados do Projeto Queimadas apontam que o número contabilizado em 2019 no Amazonas já é o maior dos últimos três anos. Logo abaixo, o ranking da Região Norte é composto pelos estados de Rondônia, Acre, Roraima e Amapá, respectivamente.
Estados da Região Norte com maior número de focos de queimadas em 2019
Em relação ao cenário nacional, até o domingo (27), o Amazonas ocupava o quinto lugar no número de queimadas.
- Mato Grosso – 28.990
- Pará – 19.909
- Tocantins – 12.871
- Maranhão – 12.610
- Amazonas – 11.838
- Rondônia – 10.751
Os focos são monitorados diariamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desde 1998. O órgão aponta que desde agosto de 2019 – mês com maior incidência de casos na história, 6669 ao todo – houve uma redução no número de focos.
Acima da média
Desde agosto, o Amazonas está em situação de emergência em duas regiões do Estado por conta das queimadas e do desmatamento ilegal. O quadro foi comentado pelo diretor presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente. Para ele, grande parte das queimadas neste ano foi causada por pessoas de outros estados.
Apoio do Governo Federal
800 agentes de órgãos ambientais e de comando e controle do Amazonas foram enviados para o Sul do Estado para realizar a Operação “Curuquetê” e “Verde Brasil”. O Exército Brasileiro também enviou 1,3 mil homens para cinco estados na Região Norte, como forma de auxílio.
No Amazonas, os militares devem permanecer por, no mínimo, 60 dias.
Desmatamento
As queimadas no estado estão diretamente ligadas ao desmatamento. Em fiscalizações da Curuquetê, diversos empreendimentos foram multados e o valor das autuações ultrapassa R$ 4 milhões.
As autuações foram emitidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que utiliza uma nova tecnologia de cruzamentos de dados e que já possibilitou a identificação de responsáveis por desmatar 99.869,8 hectares no Estado.
*G1