Mais dois municípios amazonenses passaram a contar, nos últimos dias, com o apoio de miniusinas para a geração independente de oxigênio medicinal (O2), ampliando para 19 o número de cidades com esse tipo de tecnologia disponível. Com 37 equipamentos em operação, a produção diária já chega a 18.024 metros cúbicos, sendo 52%, em localidades do interior, explica o titular da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Carlos Henrique Lima.
As usinas de Urucará e Apuí foram montadas pela equipe da Seinfra, com a supervisão de técnicos das fabricantes e entraram em operação nos dias 9 e 15 deste mês, respectivamente. Elas foram doadas pelo movimento voluntário União BR. Cada uma tem capacidade para gerar 240 metros cúbicos de insumo ao dia. Os municípios estão localizados a 261 (Urucará) e 453 (Apuí) quilômetros de Manaus.
A estratégia de implantar os equipamentos no Estado foi traçada após o aumento súbito de internações, em janeiro, de pacientes com Covid-19 no Amazonas, o que gerou escassez do produto. “Parte das unidades hospitalares que utilizavam usinas, já teve a oferta e o consumo equilibrados, não necessitando mais do suporte dos equipamentos. Por isso, eles foram desativados, mas continuam instalados e à disposição para o caso de qualquer eventualidade”, explica Carlos Henrique.
As unidades são: Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo, SPA da Redenção e Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV). As duas primeiras, vinculadas à estrutura da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), e a última, vinculada à Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Meta
Paralelo à instalação de equipamentos, a SES está concluindo, nos próximos dias, o processo de homologação da compra de seis usinas de oxigênio para hospitais do interior do Amazonas. Serão contemplados com os equipamentos os municípios de Manicoré, Iranduba, São Paulo de Olivença, Ipixuna, Uarini e Novo Airão.
De acordo com o secretário adjunto de Atenção Especializada ao Interior, da SES-AM, Cássio Espírito Santo, com as usinas, os hospitais não precisarão mais do envio de cilindros de Manaus. “Os municípios ganharão independência, pois terão oxigênio na própria rede hospitalar”, afirmou Cássio.
Os hospitais de Manicoré, Iranduba e São Paulo de Olivença irão receber usinas com capacidade de produção de 408 metros cúbicos/dia. Enquanto Ipixuna, Uarini e Novo Airão receberão usinas com capacidade produtiva de 312 metros cúbicos/dia.
A meta do Governo do Estado é chegar a 75 equipamentos em funcionamento, sendo que 29 deles estão em processo de aquisição pela SES, e os demais, foram providenciados pelas prefeituras ou doados por movimentos sociais e instituições diversas, como é o caso do Hospital Sírio Libanês, da Fundação Itaú, do Ministério da Saúde (MS), entre outras.
Com os municípios-polo contando com a geração independente de miniusinas, as unidades hospitalares passarão a ter mais autonomia e o interior dará início à autossuficiência na produção de O2.
Usinas em operação atualmente:
Hospital Regional de Autazes (1)
Hospital Regional de Nova Olinda do Norte (1)
Hospital Regional do Careiro (1)
Hospital Regional de Alvarães (1)
Hospital Regional de Itacoatiara (2)
UPA de Itacoatiara (1)
Hospital de Campanha de Manacapuru (1)
Hospital Regional de Parintins (3)
Hospital de Maués (2)
Hospital Regional de Coari (1)
Hospital Regional de Humaitá (1)
Upa Tabatinga (1)
Hospital Regional de Tefé (1)
Hospital de Eirunepé (1)
Hospital de Barcelos (1)
Hospital de Lábrea (1)
Hospital de Carauari (1)
Hospital Regional de Apuí (1)
Hospital Regional de Urucará (1)
Fundação Cecon (1)
Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto (1)
Hospital de Campanha Delphina Aziz (2)
Fundação do Coração Francisca Mendes (1)
Hospital e Pronto Socorro João Lúcio (1)
Maternidade Azilda Marreiros (1)
Instituto da Criança do Amazonas (Icam – 1)
Hospital de Campanha Nilton Lins (1)
Fundação de Medicina Tropical (1)
Hospital Beneficente Portuguesa (1)
Hospital Adventista de Manaus (2)
Hospital Geraldo Rocha (1)