Como reconhecer sinais de bullying, combatê-lo e oferecer apoio. Essa foi a temática da palestra realizada hoje (10/4) por equipe pedagógica da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM) e transmitida por meio de seu Centro de Mídias (Cemeam) a escolas de 59 municípios do Amazonas. A ação faz parte da campanha “Bullying não é brincadeira – Pratique o respeito nas escolas” que conta com atividades durante todo mês.
O foco da Secretaria é o fortalecimento das ações de prevenção e combate às diversas formas de violências nas escolas: como evitar, como identificar os sintomas – tanto em quem sofre quanto em quem pratica – e o que fazer foram os pontos abordados na conferência pela professora Aldenise Araújo, gerente de Programas e Projetos Complementares (GPPC) da Seduc-AM.
Durante a transmissão, Aldenise e a professora Luciana Massarelo apresentaram o conteúdo, interagiram e tiraram dúvidas de professores, coordenadores distritais e gestores das escolas estaduais no interior, que assistiam ao vivo. As educadoras salientaram a necessidade de considerar o problema de forma séria, especialmente quando se trata do agressor.
“Caso reconheça sinais, é importante tentar ajudá-lo a mudar os seus comportamentos e atitudes negativas diante dos outros. Muitas vezes o agressor traz na bagagem sérias questões por trás do comportamento, então é essencial que ele perceba que pode ter um canal acessível de conversa com os professores”, ressaltaram.
Alguns sinais de crianças ou adolescentes que fazem bullying, por exemplo, podem ser uma grande necessidade de dominar ou subjugar os outros, zangar-se facilmente, agir impulsivamente e demonstrar dificuldade em obedecer regras. Nesse sentido, Aldenise também salientou a importância de orientar os pais a agirem em conjunto, passando mais tempo com os filhos, conversando e evitando castigos físicos, que podem reforçar a agressividade.
Sintomas – Uma das perguntas mais frequentes é o por que de a vítima de bullying não contar o que está vivenciando. O principal fator, segundo elas, é geralmente o medo: de ser mais agredido se contar, desacreditado, culpado ou que seja exigido por parte dos pais que se “revide” com a mesma atitude.
“Dentre os sintomas, a vítima pode sentir-se constantemente com medo, ansiosa, o que pode resultar em dores físicas (dor de cabeça, de estômago, de cansaço); não quer ir à escola; tem dificuldades em se concentrar nas aulas e o consequente desempenho ruim nas avaliações. Crianças vítimas de bullying costumam também mostrar-se abatidas e introspectivas”, explicou Aldenise.
A palestra ficará disponível na próxima terça-feira (16/4), no canal do Youtube do Centro de Mídias da Secretaria de Estado de Educação (http://twixar.me/pcwK) e estará acessivel para todos. As ações da campanha da Seduc-AM se estendem por todo o mês de abril, mas os alunos, servidores e gestores podem buscar apoio para lidar com o tema em caráter permanente, por meio da nova Coordenadoria Psicossocial da Seduc-AM.