Um adolescente de 14 anos foi apreendido na última terça-feira (17) pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) por planejar realizar um atentado terrorista em uma escola localizada no bairro da Glória, zona sul de Manaus.
Caso
De acordo com a delegada Joyce Coelho, a investigação sobre o caso iniciou após a Polícia Civil receber um monitoramento do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com conversas sobre violência e atos de terrorismo com outros dois adolescentes, sendo um de 13 e outro de 15 anos, que foram apreendidos em Goiás e Rio Grande do Norte no último domingo (15).
Plano
O plano de massacre vem sendo monitorado desde abril e foi ganhando força com o passar do tempo. Os envolvidos estavam na fase de confeccionar o material que seria usado no ataque, como bombas caseiras, coquetel molotov e armas.
O adolescente confessou o crime, uma vez que os outros dois envolvidos já haviam sido apreendidos em seus respectivos estados. Ele alega ter sido vítima de bullying na escola em que planejava o ataque.
“Ele não está mais matriculado, mas planejava agir lá, inclusive com desenhos, mapas em torno da escola e de tudo que precisava fazer para agir. Ele apresentada um risco eminente’’, afirmou a delegada Joyce.
A ação seria feita nas escolas dos estados brasileiros simultaneamente. Os suspeitos haviam até mesmo escolhido roupas que usariam no dia.
Inspiração
Inspiração
Segundo as investigações, eles se inspiram no massacre de Columbine, ocorrido em abril de 1999, quando 15 pessoas morreram em uma escola do Colorado, nos Estados Unidos, durante um atentado realizado por dois jovens.
Massacres como o de Suzano, em São Paulo, e o de Realengo, no Rio de Janeiro, também foram usados como referências.
O monitoramento continuará para saber se há outras pessoas envolvidas. Segundo a delegada Elizabeth de Paula, da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (DEAAI), o adolescente apreendido deve ser acompanhado por toda uma equipe com psicólogo e assistente social e, logo após, será encaminhado para o Ministério Público para decidir qual procedimento será feito.